sábado, 17 de março de 2007

Cadernos de Memórias (1)

Há um momento ao acordar que ainda estamos entre o sonho e a realidade. Em que não distinguimos a (fina) barreira. Onde o sonho se mistura com a realidade. Onde a imaginação tem um papel preponderante. Onde tecemos nós próprios, os nossos sonhos. Nesses momentos pegamos nos fios da nossa memória, nos nossos medos, no desejos que não exprimimos nem para nós mesmos, colocamos uma pitada de realidade, meia chavena de chá imaginação, e misturamos tudo. Às vezes acordamos com lágrimas nos olhos, outras com um sorriso nos lábios...
Hoje acordei triste. Com os olhos molhados. Com a sensação de perda, mas sem saber de quê. Hoje "teci" algo que me fez acordar com a lágrima ao canto do olho. Que me fez lembrar que estou longe do lugar onde nasci. Que tenho amigos espalhados pelo mundo. E que pedacinhos do meu coração estão em todos estes cantos.
O "portuga" emigrante criou a palavra "saudade"... ela é a sua fraqueza e a sua força.
Estou bem, porque ela me enriquece, me faz ser o que sou hoje. Porque encontro nessa saudade, no gosto pelo que faço, e nas amizades que fui construindo longe de casa, a força para seguir em frente.
Creio que sou mais forte hoje, por isso. :)

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